É o que?

Uma moça quase sem vergonha

Cabras Safados da minha vida I 02/12/2009

Depois de debater muito comigo mesma, resolvi que vou escrever sobre os cabras safados por quem eu me apaixonei em minha vida, a estória na verdade vai ser de com eu me apaixonei, e não se preocupem cabras safados, que vocês vão saber quando eu estiver falando de você!

O primeiro cabra safado da minha vida se chamava Henrique Augusto* (nome falso e de novela mexica), hoje em dia admito que não sinto nenhum rancor em relação a ele, inclusive ele esta namorando e virou um bom menino nos últimos 3 anos, eu acho que a namorada dele deveria me agradecer profundamente, porque grande parte dessa transformação se deve a mim.

Conheci Henrique Augusto aos 16 anos, nas minha aulas de inglês. De primeira achei ele um idiota, um babaca exibicionista, na verdade eu nem tava tão errada. O quadro piorou quando descobri que ele era muito amigo de um ex-namorado de uma amiga minha, o cara é (porque até hoje ele é mesmo) um babaca de marca maior, só fez minha amiga sofrer e eu morria de raiva dele e de qualquer outra pessoa que não tivesse raiva dele também, o que era o caso de Henrique Augusto.

Nosso caso era de mútuo ódio. Passávamos as aulas de inglês discutindo fervorosamente, eu tentando convencer ele de como o amigo dele era um idiota e ele tentando me convencer de que minha amiga era quem tinha entendido errado.

Nós não nos suportávamos, mas mesmo assim continuávamos brigando. 

Chegou o São João, e eu fui com umas amigas pra uma festa de colégio no Clube Alemão. Eu estava naquela época iniciando a minha vida alcoólica, e por isso não sabia muito bem me controlar. Pois bem, depois de umas biritinhas, e de uns carinhas bem horríveis pedirem pra dançar comigo, ficando me rodando e rodando, comecei a passar mal.

Virei pra minha amigas e disse que ia sentar, porque se não ia passar mal, eles foram comigo, mas no meio do caminho quem eu encontro? Henrique Augusto.

Eu sempre tinha ouvido falar da fama de cabra safado de Henrique Augusto, que ele era um galinha, não valia nada e blá blá blá. Eu pouco me lixava, eu odiava ele mesmo.

Naquele dia eu não o odiei. Quando passei ele me pegou pelo braço e, com aquela cara dele de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança, me perguntou “Dança comigo?”, eu já ia dizer não, que eu tava passando mal e tal, ia embora, mas ai ele me puxou e eu fechei os olhos enquanto ele ia me conduzindo (sou um zero à esquerda em forró).

Nem lembro por quanto tempo dancei com ele, minha amigas sumiram como fumaça, e eu fique lá dançando com ele. Não sei quando nem quem tomou a iniciativa, mas em algum momento entre dançar forró e a conversa mole dele estávamos nos beijando.

Passei o resto da festa com ele, não lembro porque fui pra casa, nem de que horas isso aconteceu, só lembro que no outro dia acordei, sem ressaca (porque eu nunca tenho ressaca), e lembrei o que tinha feito.

Fiquei indignada comigo mesma. Tirei ele da minha cabeça o máximo que podia durante as férias, mas o estrago já tava feito.

As aulas começaram de novo, e o inglês também, tinha chegado a hora de encarar ele de novo, tava me preparando psicologicamente por dias pra reencontrar ele. Mas ele não foi pra aula, e nem no outro dia e nem na outra semana, e nem na outra, ele passou 1 mês sem ir pra aula.

Eu já tinha desistido, pensado que ele tinha mudado de turma, ou mudado de curso, enfim, conformada e (até ai) feliz por ter me livrado.

Então fui eu desprevenida pra minha aula de inglês, e quem eu encontro lá? Henrique Augusto.

Meu coração disparava sem eu poder me controlar, como os livros descrevem, e eu nunca acreditei. Mas é verdade, eu tentava me acalmar e não conseguia. Ele me tratou normal, inclusive nós brigamos como sempre naquela aula.

Sai da aula descontrolada, Ele não tem o direito de me deixar assim! era o que eu pensava constantemente.

Uns meses depois me conformei que estava apaixonada por ele, mas ele nem ligava pra mim. Continuávamos na mesma, como se nada tivesse acontecido naquela festa.

Um dia minha irmã tava conversando com ele pelo msn, e disse, o que eu deveria ter dito, que eu era apaixonada por ele, a resposta dele foi “Gosto dela do meu jeito.”

Depois disso nos resolvemos parcialmente, voltamos a ficar, ficávamos sempre no inglês, só no inglês. Passaram-se meses e depois um ano naquela mesma situação. Eu já estava cansada, e sempre que tentava acabar com aquilo ele conseguia me persuadir de desistir.

Uma vez fomos pra o cinema depois do inglês. Fui pra minha aula como sempre, e tava em um daqueles dias de dar um basta naquela situação, nem olhei pra cara dele, eu tinha a impressão de que ele queria me dizer alguma coisa, mas como não falou nada voltei pra casa. Quando cheguei em casa ele me ligou. Me chamou pra ir ao cinema, disse que ia me chamar antes, mas não conseguiu, eu rindo fui encontrar com ele.

Até que o amigo idiota dele estragou tudo, contou umas mentiras dele e eu acreditei, me decepcionei, e comecei a namorar com outro, mas essa estória eu deixo pra outro post.

A conclusão que chego é que os maiores amores sempre nascem do ódio.

 

3 Responses to “Cabras Safados da minha vida I”

  1. Clarissa Says:

    realmentee naty, eu tenho que te agradecer PROFUNDAMENTE pelo namorado maravilhoso que túlio é! E é uma pena tu não aproveitado esse lado dele!! 🙂

    beeeijos linda! adorei o blog! ;*

  2. mare Says:

    F U D E U, kkkkkkkkkkkkkkkk
    cada um no seu quadrado hien?

  3. gbruninho Says:

    rs


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